Não é exagero dizer que o ambiente de trabalho é nossa segunda casa. É lá que passamos a maior parte do dia, encaramos desafios e celebramos conquistas. Também é um lugar onde deveríamos nos sentir sempre bem, mas infelizmente, nem sempre é assim.

O grande número de responsabilidades e as cobranças diárias estimulam o desenvolvimento profissional e pessoal. Porém, quando há uma pressão excessiva, o dia a dia do trabalho pode trazer consequências negativas à saúde e à visão que o indivíduo tem de si mesmo.

“O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra.” [Aristóteles]

A carga excessiva ou mesmo a dificuldade em lidar com essas questões podem ser a porta de entrada para diversas síndromes do ambiente de trabalho, que afetam aspectos físicos, psicológicos e sociais.

Dados do INSS mostram que em 2017 episódios depressivos foram a 10ª principal causa de afastamento do trabalho. Problemas classificados como outros transtornos ansiosos apareceram na 15ª posição. Somando-se esses dois itens foram mais de 72 mil concessões de auxílio doença.

Principais síndromes do ambiente de trabalho

Transtornos de ordem emocional  têm sido uma das maiores causas de afastamento do trabalho nos últimos anos. Por isso é fundamental estar atento ao quanto metas, habilidades, tempo, gestão de projetos e outras questões que podem ser potencializadas com o processo de coaching estão interferindo no seu bem-estar e qualidade de vida. Veja abaixo alguns dos problemas mais comuns:

Síndrome de Burnout: também chamada de síndrome do esgotamento profissional, ela é descrita pelo Ministério da Saúde como  “um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho que são emocionalmente exigentes e/ou estressantes”.

Workaholic: não é uma doença propriamente dita, e sim a condição de estar viciado no trabalho e, geralmente, os excessos são apontados por familiares e amigos, pois a própria pessoa tem dificuldade em reconhecer essa compulsividade. 

Um dos principais sinais é o fato de trabalhar muitas horas (além dos colegas), levar trabalho pra casa e verificar assuntos de trabalho no celular o tempo todo nas horas de folga.

“Sem trabalho, toda vida apodrece. Mas, sob um trabalho sem alma, a vida sufoca e morre.” [Albert Camus]

Síndrome do impostor: sua característica chave é a insegurança. Quem possui esta síndrome tem a ideia constante de que suas capacidades não são autênticas, que seu sucesso não é merecido,  ou mesmo a sensação de que determinada condição ou patamar dentro da empresa são “demais” para ela.

Ela pode ser uma consequência de crenças limitantes, experiências negativas do passado em que a pessoa foi diminuída por colegas, baixa autoestima, falta de confiança em si mesmo, questionamento das próprias habilidades, etc.

Neurastenia: é um transtorno psicológico multifatorial em que a pessoa fica num estado de desânimo, fadiga e falta de interesse extremos. Quando relacionada às condições de trabalho é comum que os sintomas se manifestem apenas no ambiente profissional.

Estresse pós-traumático: manifesta-se geralmente quando a pessoa já se afastou de um ambiente de trabalho insuportável. Se caracteriza por episódios em que diante de pessoas, imagens, sons ou cheiros semelhantes ao do antigo local de trabalho a pessoa tem a sensação de reviver a dor e sofrimento (físico ou psicológico) ao qual era submetido no referido local, causando uma grande angústia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *