Cuidar da gestão de uma empresa já é, por si só, um grande desafio, e por mais que a instituição seja organizada e se prepare para possíveis contratempos, ninguém está livre de condições inesperadas trazidas por uma crise.
As mudanças trabalhistas pelas quais o mundo está passando nesse início de 2020 são prova disso. O surgimento de um novo vírus afetou não só a saúde, mas as relações sociais e comerciais em todo o planeta, exigindo de cada um em sua atividade uma série de medidas emergenciais de adaptação.
“Não importa o quão devagar você vá, desde que não pare.” [Confúcio]
Com isso, todos os gestores tiveram que se fazer a seguinte pergunta: “E agora, o que vamos fazer?” O primeiro ponto de atenção é justamente a palavra “vamos”.
Nenhuma empresa sobrevive a uma crise se o líder não tiver consciência de que, de fato, precisa do seu time. Assim como os colaboradores também precisam estar imbuídos de um espírito de equipe e pertencimento à organização. Só assim poderá construir uma estratégia eficaz.
Pontos cruciais de uma boa gestão
Apesar de assustar a maioria das pessoas, o período de uma crise é uma ótima oportunidade para o crescimento dos profissionais e da empresa. Circunstâncias como esta deixam os pontos fortes e fracos mais evidentes, permitindo explorar o que há de melhor e investir no que pode ser otimizado.
Terá mais facilidade de superar as adversidades quem tiver:
Habilidade de comunicação: transmitir informações com clareza é fundamental para a compreensão de metas, ações e, consequentemente, o sucesso do projeto. O líder deve passar sua mensagem de forma convincente, não impositiva; mostrando segurança sem autoritarismo.
Assertividade: não tem a ver com “erro e acerto” e sim com a habilidade de expor e defender ideias e pensamentos de forma consistente e segura, garantindo que a mensagem seja compreendida e “abraçada” por quem a recebe.
Empatia: é fundamental controlar impulsos e se colocar no lugar do outro. Especialmente em tempos de crise, é fundamental saber lidar com as emoções alheias, mas isso só será possível para quem consegue lidar com as próprias emoções. Esse cuidado pode evitar experiências negativas e até mesmo o surgimento de síndromes relacionadas ao trabalho.
Senso de realidade: ao se deparar com um imprevisto é comum se desestabilizar em um primeiro momento, mas não se deve esquecer de manter os pés no chão. Isso significa, principalmente, trabalhar com metas possíveis e ações que tenham chances reais de ser executadas.
Criatividade: esta habilidade é, acima de tudo, criar caminhos com os recursos disponíveis. Mantenha a cabeça aberta a novas ideias e procure romper as amarras da sua zona de conforto.
Planeje, execute e avalie
Quando falamos de metas emergenciais estamos sempre focados em como estabelecê-las e executá-las, mas existe um terceiro passo que também é fundamental: a avaliação.
“Loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual.” [Albert Einstein]
É importante fazer uma pausa para analisar o status do projeto, mesmo que ele seja curto. Até porque, uma crise é um período muito dinâmico em que a cada semana o cenário pode mudar.
Algumas perguntas simples podem ajudar nesse processo:
- Quais ações planejadas já executamos?
- Quantas estão em andamento?
- Alguma delas não se encaixou à realidade?
- As demais saíram como planejado?
- O que devemos manter?
- O que precisamos melhorar?
- Quais os próximos passos?
Mesmo em meio a todo esse turbilhão, esteja atento ao bem-estar físico e emocional seu e de sua equipe. Reconhecer as próprias fraquezas quando necessário também é uma qualidade, pois demonstra honestidade consigo e com os outros. Não se esqueça nunca que o mais importante para qualquer trabalho é o capital humano!